Após anos de espera, Biblioteca Parque da Rocinha é revitalizada com reforma de R$ 2,2 milhões
A biblioteca pública ganhará duas salas multiusos, praça externa e sala de edição, além da revitalização de áreas deterioradas há anos
Em reforma desde setembro de 2023, a Biblioteca Parque da Rocinha C4 — um dos poucos equipamentos culturais públicos do morro — deve ser concluída em junho de 2025, após um investimento de 2,2 milhões de reais, segundo a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP-RJ). Os moradores e as organizações culturais esperam há quase dois anos pela conclusão das obras.
Hoje, são realizadas 18 atividades semanais distribuídas em quatro andares da Biblioteca. No entanto, as obras da reforma dos espaços comprometem as intervenções artísticas e de ensino.
“Nós estávamos há 12 anos esperando uma reforma, alguma melhoria na biblioteca”, lembra Aloisio de Jesus, gestor da unidade.
Segundo ele, o local ganhará uma sala de edição de vídeo e duas salas multiusos. Outras áreas também serão revitalizadas, como o anfiteatro. “Nosso teatro será finalmente entregue da forma como deveria ter sido feito desde a inauguração”, destaca.
A criação de uma praça na área externa da biblioteca, antes inutilizada e cheia de entulhos, foi uma conquista no projeto de reforma. O novo espaço de lazer terá entrada pela biblioteca e horário de funcionamento específico.
Por que atrasou?
Iniciada em setembro de 2023, a reforma da Biblioteca Parque da Rocinha foi interrompida em novembro do mesmo ano devido à prestação de contas anual do Estado. A retomada das obras aconteceu somente após mais de um ano, em outubro de 2024.
Inaugurado em 2012, o equipamento público nunca passou por uma revitalização, acumulando problemas estruturais como infiltrações e fiações danificadas. Além disso, a obra de construção do espaço cultural não seguiu o projeto original e foi entregue inacabada, com a promessa de ajustes que nunca foram cumpridos.
É o caso da sala de vídeo, que nunca recebeu equipamentos para produção audiovisual, além do Anfiteatro, que não recebeu o isolamento acústico adequado. Essa é a razão do barulho do trânsito e o som das propagandas na Estrada da Gávea atrapalhar as atividades realizadas dentro do auditório. No local, acontecem as peças teatrais, palestras e eventos.
Mas, de acordo com Aloísio de Jesus, a obra está avançando, agora, em um “ritmo bom”. Porém, ele teme que haja novas interrupções da reforma, como aconteceu em 2023, quando os pagamentos da empresa terceirizada responsável pela obra foram suspensos devido à prestação de contas anual do Estado.
