O jornal nasceu através de um grupo de jovens da Rocinha que participaram de atividades criativas da Agência de Redes Para Juventude cujo objetivo era de pensar o jovem enquanto protagonista de seus desejos e realizações. A primeira versão impressa do Fala Roça foi lançada em maio de 2013. Um mês antes das Jornadas de Junho daquele ano marcado por manifestações populares em todo o país.

Em 2012, o acesso aos smartphones, tablets e computadores, e principalmente, a internet sem fio não abrangia toda a favela. O jornal impresso foi pensado como forma de penetrar nessa população offline, além de homenagear a população nordestina do morro. Com o avanço da tecnologia, o Fala Roça foi se remodelando. Passou a produzir reportagens para a versão digital e vídeos.

Desde o surgimento das favelas, a mídia hegemônica brasileira produziu um retrato marginalizado desses territórios. A Rocinha, por ser a maior favela do Brasil, não escapou dos estereótipos criados por jornalistas.

O “Fala” é uma forma de ampliar vozes. O “Roça” remete a memória local quando a Rocinha era uma grande fazenda. Após o loteamento ter sido embargado pela administração federal, as terras foram ocupadas por pessoas em busca de moradia. Assim, batizamos o Fala Roça. Uma comunicação da favela para todos.

Atualmente, o Fala Roça é uma associação de comunicação. Sempre pensando em novas narrativas de comunicação na favela.