Conferência de jornalismo gratuita debate justiça climática nas favelas antes da COP 30

Confira a programação aberta ao público, no dia 31/10, na Biblioteca Parque da Rocinha; ingressos podem ser retirados pelo Sympla a partir de hoje

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A Rocinha sediará, entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, a 3ª Conferência de Jornalismo das Favelas e Periferias, que neste ano tem como tema central “Justiça climática para nossos territórios”. Realizado pelo Fala Roça, em parceria com a Agência Mural de Jornalismo das Periferias, o evento acontece dez dias antes da COP 30 e propõe discutir os impactos da crise climática a partir da perspectiva das favelas e periferias brasileiras.

A programação é aberta e gratuita ao público no dia 31 de outubro, na Biblioteca Parque da Rocinha (C4), no Rio de Janeiro. Os ingressos já estão disponíveis para retirada na plataforma Sympla.

2ª edição da Conferência de Jornalismo de Favelas e Periferias, em Salvador. Foto: Divulgação

A conferência parte da ideia de que o futuro das favelas é sustentável, coletivo e deve nascer do próprio território. A programação aberta da conferência inclui mesas, oficinas e rodas de conversa sobre justiça climática, sustentabilidade e captação de recursos e filantropia para o jornalismo local, cultura, ancestralidade e comunicação antirracista.

Para garantir a diversidade de olhares, a conferência contará com uma imersão de três dias com bolsistas e líderes de mídia de todas as regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste), que também atuarão como palestrantes. 

“Toda a programação foi pensada para propor recomendações concretas que partem das vozes das favelas e periferias sobre as injustiças climáticas. O grupo de jornalistas que participa da imersão de três dias é do Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste. São jornalistas e comunicadores que têm muito a dizer, ensinar e trocar. Eles são convidados, mas também são expositores das mesas e oficinas”,  explica Tatiana Lima, coordenadora de jornalismo do Fala Roça. 

O grande diferencial desta edição é o foco na produção de um conjunto de recomendações para  fortalecer o papel do jornalismo feito de dentro para dentro dos territórios na identificação de soluções e na pressão por políticas públicas eficazes.

“Em um ano de COP 30, o evento conecta o jornalismo periférico às discussões globais sobre justiça climática, propondo soluções concretas que partem das comunidades, com foco nas vozes que vivem e constroem cotidianamente alternativas sustentáveis nos territórios”, afirma Monique Silva, gestora do Fala Roça.

O diretor de negócios da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, Anderson Meneses, comenta a importância da cooperação entre mídias faveladas e periféricas. “Essa parceria entre o Fala Roça, no Rio, e a Agência Mural, em São Paulo, simboliza a força das mídias locais quando se unem por uma pauta comum. As favelas e periferias estão entre os territórios mais afetados pelas mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, são onde surgem muitas das soluções mais criativas e coletivas”, avalia Meneses. “Em um ano tão importante para o debate climático, essa conexão nacional entre comunicadores locais é essencial para que nossas vozes incidam de forma real nas políticas e decisões que impactam o país”, complementa.

A 3ª Conferência de Jornalismo das Favelas e Periferias é apresentada pela Fundação Itaú, e também conta com o apoio da Fundação Konrad Adenauer, Fundo de Apoio ao Jornalismo, Meedan e Artigo 19.

Programação

Mesas, rodas de conversas e oficinas (manhã, tarde e noite)

HoráriosDia 31 de Outubro – Sexta
Aberto para bolsistas e mídias convidadas
Local: Biblioteca Parque da Rocinha – C4
8h – 9hEntradaCredenciamento
9h – 10h30AuditórioAbertura da Conferência ao público
Mesa Recomendativa 1:
Como as iniciativas de jornalismo podem acessar a filantropia?Fabiana Sousa (Fundação Itaú)
Luiz Gustavo Carlos (Fundação Konrad Adenauer)
Daiene Mendes (Fundo de Apoio ao Jornalismo)Raísa Cetra (ARTIGO 19)Mediação: Monique (Fala Roça) e Anderson Meneses (Mural)
10h30 – 12hAuditórioMesa Recomendativa 2:
O que é justiça climática para os nossos territórios?
Ray Baniwa (Rede Wayuri) – (AM)Elize Mayara (Coletivo Jovens Tapajônicos) – (PA)Antônio Carlos Firmino (Rede Favela Sustentável) – (RJ) Mediação: Vagner de Alencar (Agência Mural) – (SP)
12h – 14hAlmoço
14h – 16hAuditórioMesa Recomendativa 3:
Quais ações de jornalismo se transformaram em mobilização no território?
Ugo Farias – Coletivo Utopia Negra Amapaense (AP)Thais Siqueira – Desenrola e Não Me Enrola (SP)Madalena Vieira – Abaré Escola de Jornalismo (AM)Mediação: Karen Fontoura (Fala Roça) – (RJ)
Sala CorpoOficina 1 | SimultâneaComunicação Ancestral para futuros possíveisFacilitação: Lenne Ferreira (Afoitas e Bioma) – (PE)
Sala MultiusoOficina 2 | SimultâneaLiberdade de expressão no jornalismo local
Facilitação: Caê Vatiero (ARTIGO 19)
16h – 16h30 TerraçoIntervalo: café e networking
16h30 – 18h30AuditórioMesa Recomendativa 4:
Como pautar clima, raça e gênero nos territórios e incidir em políticas públicas?Brenda Gomes (Entre Becos) – (BA)Gilberto Luiz (Sargento Perifa) – (PE)Gabriele Oliveira (Desterro) – (SC)Mediação: Tatiana Lima (Fala Roça) – (RJ)
Sala CorpoOficina 3 | Simultânea
Comunicar sobre o clima sem depender dos algoritmos?Facilitação: Isabelle Maciel (Tapajós de Fato e Web Rádio Banzeiro)- (PA)
Sala MultiusoOficina 4 | SimultâneoReportagens sobre o clima que geram mudanças reaisFacilitação: Maria Rosa Darrigo (Pulitzer Center)
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