Manobras da Cedae não resolvem a falta de água na Rocinha

As manobras são realizadas de domingo a domingo no início da manhã
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Moradores de várias localidades convivem com um problema antigo no morro: a falta de água. No zap do Fala Roça, há relatos de famílias que ficam até 3 semanas sem abastecimento. De acordo com a Cedae, as irregularidades no fornecimento de água acontecem devido ao crescimento das moradias que dificultam o cálculo inicial.

Os manobristas da água da Rocinha são difíceis de encontrar. Eles trabalham fazendo manobras no fluxo de água e reparos em canos que se perdem em meio aos becos. “Estes técnicos trabalham sob demanda, ou seja, não há quantidade fixa, e as equipes são enviadas ao local de acordo com a necessidade de atuação”, diz a Cedae que não reconhece a denominação dos técnicos.

Sem água em casa, moradores recorrem a bicas que existem há décadas em várias localidades da Rocinha, como esta localizada no Laboriaux. Foto: Eduardo Herculano/Fala Roça

As manobras são realizadas de domingo a domingo no início da manhã. Mas por que a água demora a encher as caixas de águas? Os engenheiros da companhia explicam que os sistemas estão sujeitos a “oscilações do macrossistema, clima e energia elétrica, entre outros”.

Sem obras, sem água

Existem seis elevatórias em operação na Rocinha e três reservatórios: Navio, Terreirão e Laboriaux, que recebem manutenção caso haja necessidade, além de registros distribuídos pelo morro. Porém, os atuais reservatórios não têm capacidade de abastecer todas as casas. Infelizmente o problema continuará existindo a menos que o governo faça próximas etapas das obras do programa Comunidade Cidade, cancelado pelo governador interino do Rio, Cláudio Castro.

Sem as obras de ampliação do abastecimento de água, a Rocinha ainda vai necessitar da atuação das manobras que não resolvem o problema da falta de água.

Essa matéria faz parte da 10° edição impressa do Fala Roça
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