
Favela é movimento! Relembre os eventos produzidos pela pelo Fala Roça em 2025
Viradão Cultural, Conferência de Jornalismo nas Favelas e Periferias e o lançamento da Rede de Comunicação de Favelas estão entre os eventos promovidos
Os eventos produzidos pelo Fala Roça movimentaram a Rocinha em 2025. Neste ano, com debates e encontros, foi o momento de celebrar a potência das favelas e do jornalismo comunitário. Relembramos esses momentos: o Viradão Cultural, a Conferência de Jornalismo nas Favelas e Periferias e o lançamento da Rede de Comunicação de Favelas.

Em setembro, a 2ª edição do Viradão Cultural da Rocinha literalmente ocupou as ruas. Os dois dias de evento impulsionaram iniciativas locais que fazem parte do Mapa Cultural da Rocinha e buscou dar visibilidade aos fazedores de cultura da região. De apresentações de dança a mesas de debate sobre protagonismo da favela, economia criativa e diversidade bombaram.
O evento foi marcado por um encontro de gerações e movimentou a economia local. Mostrar a potência da favela é recriar as narrativas e romper com estigmas históricos e preconceituosos.
“Eventos como o Viradão Cultural da Rocinha são importantíssimos para o território e favelas vizinhas. O Fala Roça acertou muito nesta segunda edição, iniciativas como esta fortalecem a cultura local, as iniciativas, o networking e também fortalecem a economia criativa. Fico muito feliz em ver tantos projetos, tanta gente potente, apresentações ricas e diversas mostrando o solo fértil que é a Rocinha”, conta Osvaldo Lopes, produtor do Fala Roça.
Já em novembro sediamos a 3ª edição da Conferência de Jornalismo nas Favelas e Periferias. Com dezenas de bolsistas de todo Brasil, o evento destacou os desafios de manter projetos de jornalismo comunitário em áreas periféricas. Além de se tornar um encontro de fortalecimento de quem faz o acesso à informação acontecer nos seus territórios.
Buscando soluções sobre justiça climática, a Conferência foi um aquecimento para a COP 30 a partir do olhar de pessoas que vivenciam a falta de um abastecimento de água, um cotidiano sem saneamento básico e enchentes que sempre se repetem.

E para fechar o ano com chave de ouro, tivemos o lançamento da Rede de Comunicação E Cultura nas Favelas. Jovens e adultos de diferentes comunidades do Rio de Janeiro fizeram parte da formação do Fala Roça ao longo de meses pensando em projetos e movimentos de arte e conhecimento nos seus territórios.
“Um diferencial dessa rede é que ela não é só da Rocinha. É uma rede que ela é das favelas. Tem gente de Bangu, de Magé, do Vidigal, do Alto da Boa Vista, da Rocinha. Então, você consegue trazer ali uma dimensão até mesmo de outros municípios para dialogar dentro de um espaço dentro de um de uma rede que pode ser muito fortalecida né a partir desse lançamento porque a gente continua realizando os encontros semanais para que a gente consiga desenvolver incidências políticas dentro dos territórios que a gente que a gente atua”, explica Karen Fontoura, repórter do Fala Roça e articuladora da Rede.
Na programação, não faltou oficinas, mesas de debate e diferentes atividades que atraíram o público. O evento foi dinâmico e expôs que os saberes da favela são múltiplos e para todas as pessoas: jovens, crianças, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.
Esses eventos também impactam no desenvolvimento local e na cultura e lazer da favela. Cada encontro potencializa nosso dever enquanto Fala Roça de devolver o conhecimento e as ferramentas que a favela da Rocinha nos ofereceu.





