PNUD visita empreendimentos sociais na Rocinha

Edital do Programa Pista está aberto e prevê o investimento de R$4 milhões para apoiar empreendimentos sociais da Rocinha

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A equipe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), responsável pela gestão do Projeto Pista – iniciativa da FAPERJ em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) – esteve na Rocinha para conhecer empreendimentos sociais e organizações que atuam no território. A visita, realizada no dia 18 de junho, teve ainda o objetivo de promover uma aproximação entre a equipe técnica e a comunidade.

O edital do Projeto PISTA prevê o investimento de até R$21 milhões para apoiar iniciativas de inovação social e desenvolvimento local em cinco territórios do estado: Rocinha, Cidade de Deus, Complexo do Alemão, Maré e Petrópolis. No total, somente para a Rocinha, o investimento será de R$4 milhões. 

Cada organização do território pode apresentar propostas com orçamento de até R$300 mil. A ideia é que o recurso apoie institucionalmente empreendimentos que contribuam para a geração de renda, inclusão social e fortalecimento de redes locais por meio da criação de Parques de Inovação Social, Tecnológica e Ambiental. 

“A ideia central dessa nova fase do Projeto Pista é ganhar escala. Na primeira edição, o foco foi só a Rocinha. Agora, queremos atuar em cinco territórios, ampliando o número de empreendimentos apoiados e, principalmente, a qualidade da integração com cada comunidade”

Renato Schattan, coordenador do Projeto Pista pelo PNUD

A presença do PNUD no território, segundo Renato, também serviu para visitar iniciativas que participaram do projeto-piloto realizado em 2021. A proposta do Programa das Nações Unidas é avaliar a continuidade dos trabalhos, e a possibilidade de pactuação de novas parcerias.   

Além da equipe de coordenação do PNUD, compareceram à agenda representantes do SEAS, da Secretaria de Ações Comunitárias e Empreendedorismo. Durante a visita, Renato Schattan destacou que o novo edital não apenas busca ampliar o alcance da iniciativa, mas também qualificar o apoio aos projetos locais. 

“Estamos aqui para somar ao que já vem sendo feito. Não viemos com soluções prontas. Queremos escutar, entender e construir juntos as melhores formas de apoiar os empreendimentos da Rocinha e das demais comunidades envolvidas.”

Membros do PNUD e do Governo do Rio reunidos na sede do Fala Roça. Foto: Karen Fontoura

A agenda no território incluiu diversos pontos culturais e iniciativas sociais na Rocinha. Entre eles: o projeto Óleo no Ponto, que atua na coleta e reciclagem de óleo de cozinha, promovendo educação ambiental e a fabricação de produtos de limpeza; e o Fala Roça, organização de comunicação local que promove o acesso à informação e o fortalecimento da identidade local – por meio de soluções criativas e jornalismo voltado para as potencialidades do território. 

Na sede do Fala Roça, a equipe do PNUD participou de uma roda de diálogo sobre o papel da comunicação para o empreendedorismo local.

A programação foi encerrada na Biblioteca Parque da Rocinha, com a apresentação da Beco Incubadora – iniciativa que apoia negócios sustentáveis na favela – e da Academia de Cinema da Rocinha (ACR), que oferece formação audiovisual para jovens do território.

“O que me vem de maneira forte é o quanto esses empreendimentos estão ligados à vida orgânica da comunidade. A articulação entre o tecido social da Rocinha, junto com a geração de renda e inclusão, é fundamental para que o projeto tenha impacto, deixe legado e ganhe autonomia no médio prazo”, ressaltou o coordenador do PNUD. 

De acordo com Elisa Calcaterra, representante residente adjunta do PNUD no Brasil, a construção coletiva e a escuta ativa são pilares dessa nova fase do projeto, que busca contribuir diretamente para as metas da Agenda 2030. O intuito é alinhar às realidades locais e às vocações de cada comunidade envolvida com os objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

“É uma oportunidade para que as pessoas criem o futuro que elas desejam para si mesmas não, é apenas receber apoio, mas fazer parte de uma comunidade que pensa e desenvolve soluções para uma vida melhor, para si, suas famílias e para todos ao redor”, frisou Elisa Calcaterra. 

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