Rede de Comunicação de Cultura reivindica o cuidado do Parque Ecológico da Rocinha

Em ano de COP 30, evento discute sustentabilidade nas favelas com moradores e autoridades governamentais

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Na manhã deste sábado (8), a inauguração da Rede de Comunicação & Cultura nas Favelas realizou sua primeira mesa de debate na Biblioteca Parque da Rocinha (C4), tendo como tema central “Sustentabilidade: Parque Ecológico + Agenda 2030 Rocinha”.

O debate abordou o desenvolvimento verde, visando o bem-estar dos moradores e a reativação do Parque. A mesa composta por Kevin Santos, co-fundador da Agenda 2030 Rocinha; Carlos Minc, deputado estadual do Rio de Janeiro; Irlaine Alvarenga, superintendente da Sustentabilidade; na Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade.

Irlaine pontuou que precisamos de um novo tempo na sustentabilidade, pois o fato da pauta ser sempre uma causa eleitoreira e não em benefício da população. A Rede mostrou que existe uma força intelectual e organizada para acionar um mecanismo de cidadania, por via de documentos, para cobrar na esfera pública. Entende-se a importância de uma iniciativa para acompanhar a legislação e garantir um compromisso entre os órgãos para assumir a gestão no Parque, que atualmente está abandonado pelo Estado.

Já Kevin, de 27 anos, reafirmou que não quer uma desigualdade dentro do território, como a ausência de um serviço de qualidade, por exemplo: quando ocorre ausência de energia, determinada região fica dias sem ter o serviço básico prestado, enquanto na parte mais baixa chega mais rápido. Num momento recente que o Estado entra com força bruta na favela e não pensa numa justiça social, investimento em políticas públicas de longo prazo, entendesse que a sociedade perde.

Kevin Santos, co-fundador Agenda Rocinha 2030 debate soluções para preservar o Parque Ecologico da Rocinha

A gestão do Parque está com a Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro). Porém, não há um documento oficial que mostre formalidade e compromisso do equipamento de forma concreta. 

Minc destacou a necessidade de um gestor no equipamento e a apresentação de um plano ao Parque Ecológico da Rocinha. A ideia é que este documento tenha um plano de execução. Além de um a equipe no espaço, o fortalecimento da transparência da fauna e flora, a manutenção do equipamento, considerando uma responsabilidade integrada entre instituições da sociedade civil e órgãos governamentais 

Carlos Minc, deputado estadual, aponta caminhos para sustentabilidade

A plateia questionou como expandir esse projeto e como retornar projetos que foram descontinuados na favela. O time da Rede de Comunicação & Cultura destacou que o projeto iniciou na favela da Rocinha, contando com diversos projetos de outras regiões do Estado do Rio de Janeiro, está aberto para novos coletivos e instituições.

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