Como fazer o teste rápido gratuito da Covid-19 na Rocinha
Apesar da rapidez e praticidade, os testes possuem algumas limitações
O projeto Favela Sem Corona lançou uma campanha para financiar testes rápidos gratuitos do Covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro. A Rocinha foi escolhida para o início das testagens.
Segundo um painel criado por médicos das Clínicas da Família que atendem essa região, 26 moradores morreram em decorrência da Covid-19 desde o começo da pandemia. Outros 76 moradores foram confirmados com o novo coronavírus
Apesar da rapidez e praticidade dos testes, o método possui algumas limitações e precisa ser realizado no momento certo para ter eficiência. Segundo autoridades de saúde, não é recomendado que as pessoas realizem testes rápidos para diagnóstico de Covid-19 porque o resultado pode ser falso negativo, dependendo do tempo em que o teste for feito.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, as pessoas que moram com outra infectada, aqueles que têm os sintomas mais leves da doença ou que são assintomáticas, o ideal é fazer o teste rápido de 10 a 14 dias após a infecção, tempo em que já foram produzidos os anticorpos que vão atestar a doença.
Testagens na Rocinha possuem critérios
Os moradores da Rocinha que desejam fazer o teste rápido oferecido pelo projeto Favela Sem Corona devem ficar atentos aos grupos prioritários atendidos na seguinte ordem:
- Pessoas idosas ou com doenças crônicas que em algum momento tiveram contato com alguém que testou positivo para o Covid-19
- Pessoas idosas ou com doenças crônicas que tiveram contato com casos suspeitos;
- essoas idosas ou com doenças crônicas em geral; por último, pessoas fora do grupo de risco.
“Entendemos a necessidade geral na realização dos testes, mas precisamos seguir um protocolo para que toda comunidade possa ter a oportunidade de se proteger contra o vírus”, explica a coordenação do projeto.
O projeto não compra os testes rápidos. Eles pagam por cada teste em uma clínica particular na Rocinha. Para ter acesso ao teste rápido, os moradores devem entrar em contato o projeto através das redes sociais (facebook e instagram) e caso apresente sintomas, deve preencher este formulário.
Foto de capa: Erik Dias