Fala Roça participa de encontro de agroecologia e saúde nas favelas do Rio promovida pela Fiocruz

A expectativa é que, partindo deste encontro “semente”, os vínculos entre as iniciativas permaneçam sendo aproximados e que o XII Congresso Brasileiro de Agroecologia seja uma nova oportunidade de diálogo da rede, que também pretende planejar um encontro em 2024 para articular ações coletivas futuras
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No dia 20 de outubro, o Fala Roça teve a oportunidade de participar do primeiro Encontro de Saúde, Agroecologia e Favelas, um evento promovido pelo Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro (PISFRJ). O encontro ocorreu na sede da Fundação Angélica Goulart, situada em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O principal propósito deste evento era unir e fortalecer os laços entre coletivos, organizações e instituições que fazem parte da iniciativa 90x Favela. Essa iniciativa pretende promover uma ampla agenda de saúde em territórios de favelas, abordando questões como segurança alimentar, educação, empregabilidade, saúde mental, sustentabilidade e comunicação.

O Encontro de Saúde, Agroecologia e Favelas reuniu cerca de 60 líderes comunitários de diversas regiões do Rio de Janeiro. Durante o evento, foram discutidas várias pautas apresentadas por diferentes coletivos e organizações como parte do processo preparatório para o XII Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), programado para acontecer de 20 a 23 de novembro.

Richarlls Martins, o coordenador-executivo do Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ, enfatizou a importância da agroecologia, destacando seu papel significativo na implementação de projetos voltados para o enfrentamento da Covid-19, especialmente no que se refere à segurança alimentar.

“A agroecologia foi um dos eixos de maior visibilidade na implementação dos projetos de enfrentamento à Covid-19 no campo da segurança alimentar. Essa identificação nos aproximou da Agenda de Agroecologia da Fiocruz, visando uma pauta estratégica que reivindique a contribuição das favelas nessa temática, especialmente como territórios promotores da saúde e do bem-estar, numa perspectiva ampla de saúde”, explicou Richarlls Martins.

Além disso, Martins ressaltou a necessidade de abordar a agroecologia nas favelas nos próximos anos, visando melhorar a saúde alimentar da população, principalmente daqueles em situação de maior vulnerabilidade. Ele sublinhou que o racismo alimentar afeta muitas pessoas nessas comunidades e a agroecologia é uma forma eficaz de combatê-lo. “O racismo alimentar atinge muitas pessoas nessas áreas e a agroecologia é uma forma de combate”, complementou Martins.

A expectativa é que, partindo deste encontro “semente”, os vínculos entre as iniciativas permaneçam sendo aproximados e que o XII Congresso Brasileiro de Agroecologia seja uma nova oportunidade de diálogo da rede, que também pretende planejar um encontro em 2024 para articular ações coletivas futuras. Foto: Reprodução/Fiocruz

Um exemplo prático da aplicação de métodos agroecológicos dentro das favelas pode ser observado na Rocinha, onde projetos sociais, como o Horta na Favela, demonstram como essas abordagens resultam em uma melhor qualidade de vida, inclusão e acessibilidade para os moradores. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), os benefícios da agroecologia são evidentes em termos de impacto positivo no meio ambiente, no bem-estar dos animais e na promoção de um estilo de vida mais saudável.

O Encontro de Saúde, Agroecologia e Favelas representou uma iniciativa inovadora do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, em colaboração com instituições como a Fiocruz, UFRJ, Uerj, PUC-Rio, Abrasco, SBPC e Alerj. Essa colaboração visa promover uma abordagem integrada para abordar questões críticas de saúde e agroecologia nas comunidades de favelas.

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