A Acadêmicos da Rocinha já tem enredo para o carnaval de 2023. Almejando seu retorno à Marquês de Sapucaí, a escola iniciou seus trabalhos com o enredo ‘As borboletas encantadas da bela Oyá’, elaborado pelo carnavalesco Marcos Paulo.

A Princesinha da Zona Sul fará uma referência a seu símbolo maior, gerando um entrosamento entre a representatividade da borboleta dentro do contexto histórico da escola e a representatividade do mesmo animal na história da orixá Oyá (Iansã).

Na simbologia de Oyá/Iansã, as várias faces da orixá: a transformação, o renascimento, o símbolo da mulher, da graça, ligeireza, pureza da alma e seres mágicos. Oyá teve algumas paixões, mas, seu maior amor foi Xangó, ainda assim, cometeu astúcias junto ao seu amado. 

Partindo dessa história, a proposta da Acadêmicos da Rocinha é saudar a bela Oyá ao trazer suas lendas, personalidade aguerrida, suas relações com fenômenos da natureza, fauna, flora, alimentos, artefatos e com o continente africano. 

“Ao elencar tais características que marcam a identidade da Orixá esse enredo se desenvolve citando algumas qualidades de Oyás (Iansãs) cultuadas nos terreiros de Candomblé e Umbanda em solo brasileiro, bem como as cores que concebem seus trajes e mistérios relacionados a ela.”, destacou a escola nas redes sociais.

Este ano, a Acadêmicos da Rocinha ficou em segundo lugar na Série Prata.

Histórico africano

Não é de hoje que a agremiação aborda os enredos com origens africanas. Em 1989, a Acadêmicos da Rocinha chegou a ser campeã com o enredo “O esplendor dos divinos orixás”, de Joãosinho Trinta, que traria um tricampeonato para a escola anos depois. 

Já o atual carnavalesco, Marcos Paulo, trabalha este tema pela segunda vez na agremiação. o primeiro enredo afro desenvolvido foi “A guerreira negra que dominou dois mundos” em 2020. 

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