Construção da Casa da Mulher Carioca na Rocinha aguarda licitação da Prefeitura

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No início do ano, a Secretária de Mulheres da Prefeitura do Rio de Janeiro, Joyce Trindade, anunciou na Biblioteca Parque da Rocinha que a favela seria contemplada com uma Casa da Mulher Carioca em 2023. A promessa foi feita diante de um encontro que mobilizou centenas de moradoras da Rocinha após 4 mulheres serem vítimas de feminicídio em um intervalo de doze dias no morro.

Em março, a Secretaria da Mulher informou ao Fala Roça que estava no ‘processo de tratativas para a abertura do espaço Mulher Cidadã na Rocinha.’. Na época, a pasta destacou que a inauguração está prevista para o segundo semestre de 2023. Porém, 2 meses depois do início do segundo semestre não há nenhum sinal de licitação nos sistemas da Prefeitura do Rio.

A Casa da Mulher Carioca oferece cursos de capacitação profissional, atendimento psicossocial, orientação jurídica e assistência social, além de abrigar Núcleos de Atendimento para Mulheres (NEAMs) em situação de violência e espaços denominados Salas da Mulher Cidadã, destinados a atividades que visam empoderar as mulheres.

Enquanto a promessa permanece no papel, a realidade das mulheres na Rocinha continua marcada por desafios e dificuldades. Nos últimos meses, relatos de violência contra mulheres têm sido alarmantes.

A Polícia Civil inaugurou, em julho, a Sala Violeta na 11ª DP (Rocinha). O espaço promove acolhimento e incentivo para denúncias de mulheres contra os agressores. A iniciativa é parte do Programa Inclusão Rocinha, criado em março deste ano, para atender vítimas de violência doméstica na Rocinha.

O espaço conta com uma brinquedoteca, onde filhos de vítimas também possam ser acolhidos. Os atendimentos são feitos por uma policial mulher. 

Outra ferramenta disponibilizada pelo programa Inclusão Rocinha é um grupo em aplicativo de mensagens instantâneas. Fazem parte deles policiais civis da 11ª DP, policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e da Patrulha Maria da Penha, profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), integrantes do Conselho Tutelar e membros da Associação de Moradores da Rocinha.

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