O Governo do Rio retomou o Programa Renda Melhor Jovem para estudantes em condições de vulnerabilidade social matriculados na rede estadual de ensino. A iniciativa vai atender jovens nas escolas estaduais que atendem moradores na Rocinha, Complexo do Alemão, Chapadão, Maré, Pedreira, Lins, Penha, Jacarezinho, Cidade de Deus e Vila Kennedy.

Cada participante do Renda Melhor Jovem terá direito a um benefício financeiro a cada aprovação no Ensino Médio. Após a confirmação de aprovação na 1ª série do Ensino Médio, o beneficiário recebe R$ 700; valor é R$ 900 quando passa da 2ª série do Ensino Médio; e R$ 1.000 na conclusão do Ensino Médio.

A iniciativa oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, além de contribuir para o aumento da taxa de alunos que irão concluir o Ensino Médio Regular, Integrado ou Técnico e Profissional.

“O objetivo é também promover autonomia, propiciar desenvolvimento social e profissional e incentivar os jovens para que sejam vetores de mudança e agentes ativos para o desenvolvimento pessoal, familiar e comunitário em sua região”, explica o secretário de Educação, Alexandre Valle.

De acordo com o Censo Escolar de 2020, produzido pelo INEP, existem cerca de 1.200 matrículas no CIEP 303 Ayrton Senna da Silva, localizado em um dos acessos à Rocinha. Não existe nenhuma unidade escolar de ensino médio no interior da Rocinha.

Há requisitos básicos para participar do projeto: ter 18 anos incompletos; estar matriculado na rede estadual; apresentar condição de extrema pobreza e sua família estar inscrita no Cadastro Único, Bolsa Família ou Supera Rio. Além disso, ser aprovado, sem dependência, no período de três anos.

O programa será implementado em caráter piloto, estimando inscrever um total de até 20 mil alunos entre os anos de 2022 e 2023, segundo o decreto assinado pelo governador Cláudio Castro e publicado no Diário Oficial em dezembro do ano passado.

As atividades do Renda Melhor Jovem são complementares à Educação Básica, sendo realizadas no contraturno das atividades pedagógicas escolares. As ações terão como base as matrizes de desenvolvimento humano, capacitação profissional e empreendedorismo. 

Os jovens matriculados no 1° ano do Ensino Médio passarão por um ciclo de três anos no Renda Melhor Jovem, enquanto que os do 2° ano terão dois anos, e por último, os do 3° ano com apenas um ano.

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