No Brasil, apenas 15% das pessoas matriculadas em cursos de ciência da computação e engenharia são mulheres. Conquistar um lugar em um mercado dominado por homens não é fácil. Algumas iniciativas incentivam que as mulheres passem a ocupar também esses espaços.

Victoria Marques, de 25 anos, moradora da Rocinha, se tornou desenvolvedora através da Resilia e conta o quão importante tem sido no seu dia a dia ocupar novos espaços, em que antes não teria oportunidade, entretanto, sua capacidade como programadora se faz presente. “Descobri a Resilia através de um amigo, em 2019, mas só pude fazer o curso no ano seguinte. Foi transformador na minha vida, deu match. Estava buscando desenvolvimento web e encontrei. Hoje sendo desenvolvedora front end devo muito ao curso que me deu todo suporte para o mercado, que não é nada fácil.”, conta ela.

Embora mais instruídas que os homens, um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, as mulheres ainda têm mais dificuldades de acessar cargos de chefia e gerência no mercado de trabalho. Em outros setores do mercado, como a programação, essas funções vêm sendo cada vez mais ocupadas por elas.

Desenvolvedor front-end é a pessoa responsável pela experiência do usuário dentro de um site, por exemplo. É esse profissional quem desenha e desenvolve as páginas que as pessoas vão ver na internet.

As mulheres programadoras existem, mas estão em baixo número e, muitas vezes, não são valorizadas. Por isso, durante muito tempo faltaram modelos femininos de destaque que inspiraram muitas mulheres a seguir na área. 

Alguns profissionais da tecnologia afirmam que existem poucas iniciativas que levam conhecimento às mulheres de que a área é receptiva e que esse tipo de trabalho não é masculino. Na contramão da exclusão, 40% dos alunos da Resilia são mulheres, quando a média em T.I é de 17%, segundo o Stack Overflow.

Com orientação de profissionais, Victoria Marques aprendeu programação web em 6 meses. Foto: Michel Silva

“Hoje estou como desenvolvedora front-end, me orgulho muito disso, saber que não desisti e que consegui entrar em um mercado fechado. Tenho planos para o futuro de ir para o Canadá, sei que vou conseguir, mas já me sinto feliz e realizada na empresa que me encontro.”, diz Victoria Marques.

Outra ação importante para ampliar o número de mulheres programadoras é a criação de redes de apoio. Na Resilia, a presença feminina é empoderada através da comunidade #Resiladies, espaço criado com propósito de incluir mais mulheres no mercado tecnológico.

Redes de apoio como essas são fundamentais para que as mulheres não se sintam sozinhas diante das dificuldades que suas contrapartes masculinas geralmente não enfrentam.

Se você também tem interesse em estudar programação em apenas seis meses sem pagar nada enquanto estuda e trabalhar nesta área, a Resilia está com processo seletivo aberto para a sua próxima turma. As inscrições podem ser feitas clicando neste link. Dúvidas podem ser encaminhadas pelo WhatsApp, no número (21) 97293-7230.

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